Comecei a ler “O Código da Vida” no mesmo dia que terminei “Alice”. E, desde o primeiro parágrafo, eu me encantei pela história que ia lendo…
Trata-se de uma autobiografia (e, como eu disse antes aqui, sempre gostei de ler biografias, em especial quando o biografado é o autor do livro), mas esse livro tem a narrativa inteiramente diferente das outras biografias que eu já li: a princípio o autor escreve a sua história não linearmente e, ainda, não conta diretamente sobre a sua vida.
É que Saulo Ramos preferiu seguir um caminho tortuoso na hora de escrever o seu livro: ele conta sobre a sua vida de maneira de maneira indireta, tecendo comentários e contando fatos marcantes da história do país, especialmente, do universo jurídico, tendo como base para o livro um dos muitos casos marcantes em que trabalhou.
São muitas as histórias, muitos os segredos revelados e muitas curiosidades contadas, em especial, para os juristas que torna este livro imperdível!
Não sei dizer se não houve uma dose de exagero na narrativa (eu mesma costumo falar que, ao contar uma história, se a gente não exagerar não tem graça nenhuma, rs) e, em sendo advogado, as chances de teatralizar as experiências é deveras grande (experiência própria novamente, rs) mas, de qualquer maneira, é um livro estupendo, que instiga o amor pela advovacia, daqueles que lemos e ficamos insistindo para os nossos amigos lerem também.
Se você gosta de história do Brasil, não perca; se você é advogado (a)/juiz (íza)/estudante/etc., você tem verdadeira obrigação de ler, assim como tem que saber o artigo 5º da CF.
Boa tarde Mariana,
Sou eu novamente, visitando o seu blog.
Eu li o livro do Saulo Ramos nas férias, depois de muita insistência do meu pai.
Sinceramente, eu acho que se fosse um outro autor narrando a história de vida do Saulo Ramos, talvez o livro seria muito mais interessante.
Achei o autor totalmente partidarista do Governo Jânio Quadros e Sarney (até porque ele teve uma grande participação nos dois governos). E não querendo desmerecer a sua participação na história do Brasil,mas talvez por ele se superestimar demais no livro, houve momentos em que a narrativa ficou extremamente maçante.
Mas o que eu mais gostei no livro foram os bastidores dos grandes fatos históricos ocorridos no Brasil. Dias atrás estava vendo um documentário sobre os generais da ditadura no Brasil e um dos generais entrevistado foi o Leônidas Pires Gonçalves. Foi muito legal porque eu fiquei pensando …este nome não me é estranho, eu li sobre ele em algum livro. E foi justamente no livro do Saulo Ramos e uma das coisas que ele narra bate certinho com o que o Saulo Ramos escreveu. Outro general que consta no livro do Saulo foi o Newton Cruz.
Bem, mas a leitura vale a pena, apesar de alguns pontos negativos já comentados.
Bruna
Oi, Bruna!
Eu não achei a narrativa do livro chata não, muito pelo contrário! No meu entendimento, ele soube colocar a história central do livro muito bem diluída entre os outros fatos que narrou. Claro, ele poderia ter sido menos óbvio nas suas defesas ao Jânio e ao Sarney, mas não acho que isso chega a prejudicar o livro, porque ele trouxe coisas tão interessantes, tão curiosas, que eu consegui relevar o resto, como, por exemplo, o seu entrevero com Celso de Melo. Como assim ele chama um Ministro do Supremo Tribunal Federal de “juiz de merda”? Hehehe
No mais, não ligue não, é exagero de jurista! 😉
Um abraço,
Marianna.